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2024-05-25

«Esta feijoada é de leitão e só tem coisas boas. Quer provar?»

Vítor Adão dá os «últimos retoques» na feijoada que dentro de minutos há-de ir à mesa no festival Soil to Soul. «Garanto que está no ponto. Olhe para isto, é uma maravilha», afiança o chefe do restaurante Plano, na Graça, em Lisboa, que este fim-de-semana viajou até ao castelo do Alandroal para se juntar ao movimento «Somos o que Comemos»

TEXTO | Roberto Dores
 
   «É disto que eu gosto. Falo de sazonalidade, de produtos de época, de dar às pessoas o que a terra dá em cada estação do ano», explica Vítor Adão, que garante qualidade sublime da feijoada de leitão que começa a entrar nas tigelas acompanhado de arroz branco. São 4 euros. «Só tem coisas boas. Quer provar?». Prato aprovadíssimo, mas ainda haverá lugar para lagostins, carpas, tartes de legumes da Terramay e até um pão-de-ló feito com ovos das galinhas de campo.

   Na banca ali perto Marcolino da Cruz apresenta «Cogumelos do Alentejo». São de cultivo biológico. Tem desidratados, em farinha e até cogumelos frescos conservados numa arca improvisada com gelo. Orgulha-se do terreno que tem vindo a conquistar entra a restauração regional.

   «Quando comecei com isto, os restaurantes da região, como Borba, Estremoz e Évora, quase nem consumiam cogumelos. Hoje tenho orgulho em ter colocado esta iguaria nas mesas dos clientes, porque muitos restaurantes começaram a trabalhar os cogumelos e acabou aquele mito de que são venenosos», sublinhou Marcolino Cruz.

   Além das verduras e legumes que João Esturrica, da Maenature, exibe, também há lugar para a azeitona galega e nêsperas de uma antiga nespereira autóctone, também marca presença a célebre charcutaria alentejana de porco preto. Vasco Arvana está a assar um chouriço e uma morcela da Montanheira. «É sempre actual no Alentejo e vai permanecer por cá muito anos». 
 

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