2024-05-31
Como é trabalhar com álcool ou droga? Câmara de Estremoz previne dependências
Eis o desafio: Os funcionários da Câmara de Estremoz colocam uns óculos - que simulam um determinado estado de embriaguez - e são convidados a deslocar-se sobre um tapete, para terem uma percepção muito aproximada do que é tentar caminhar ou desenvolver algumas tarefas sob o efeito de determinado nível de álcool
TEXTO | Roberto Dores
FOTOS | CME
«Estamos a sensibilizar os nossos funcionários para estes cuidados com as dependências. Estes problemas existem e tentamos, através de todos, chegar aos que mais nos preocupam», assume a vice-presidente da Câmara, Sónia Caldeira, tratando-se esta formação de um dos eixos contemplado no Plano de Intervenção Municipal em Prevenção de Estremoz, que acaba de completar o primeiro ano.
As sessões com os funcionários municipais são dirigidas pelo Centro de Respostas Integradas do Alentejo Central, com uma formação por mês, durante uma manhã, que junta um grupo heterogéneo, que vai do técnico superior ao assistente operacional. «É muito interessante, até do ponto de vista da descontracção, porque são pessoas que não estão habituadas a trabalhar juntas. O feedback tem sido óptimo», assume Sónia Caldeira.
O Plano de Intervenção Municipal em Prevenção de Estremoz, cujos resultados foram revelados esta semana, também tem passado pelas escolas, juntando representantes da saúde, educação, sector social, mas também famílias e comunidade escolar, onde foram identificadas várias problemáticas relacionadas com dependências, comportamentos de risco e a falta de motivação e de interesse pela escola.
Um dos eixos do programa aponta ainda à intervenção na Academia Sénior, sobretudo tendo em vista o combate às dependências dos idosos com o jogo da Raspadinha, mas ainda não foi possível. «Identificámos o problema, mas precisamos de ter uma equipa específica para trabalhar estes idosos e ainda não obtivemos essa resposta», atesta Sónia Caldeira, ambicionando ter alguma intervenção nesta área ainda este ano.
