2024-07-12

«As pessoas precisam de ter mais dinheiro no bolso»

Manuel Castro Almeida, ministro da Coesão Territorial, falava em Arronches, durante a abertura da Feira das Actividades Económicas (FAE), admitindo que o Interior do país deverá ter mais apoios do Estado face ao Litoral, para que o crescimento se faça de «forma equilibrada»

 

TEXTO | Roberto Dores 

 

   O governante assumiu que mesmo as zonas mais desfavorecidas têm motivos para encarar o futuro com «confiança», garantindo que «o país vai dar o salto» e que, aos poucos, os portugueses vão assistir a um Portugal «mais solidário, mais coeso, com maior proximidade entre as diferentes regiões».

   Enfatizou ser esse o programa do Governo, admitindo que «todo o país concorda» com esta visão. «Acho que há uma grande unanimidade de que é necessário apostar mais no Interior. É preciso equilíbrio com o país todo a crescer. Mas para isto crescer de forma equilibrada, tem que crescer mais no Interior do que no Litoral», insistiu Manuel Castro Almeida, que puxou mesmo dos números que poderão dar os ambicionados sinais de mudança.

   «Eu gostava muito que no próximo ano o país pudesse crescer 2,5%, mas o Interior devia crescer 3,5%. É dessa forma que podemos esbater as diferenças», sublinhou, alertando que as percentagens citadas teriam tradução nos orçamentos familiares. «No fim do dia o que conta, sobretudo, é que as pessoas tenham mais dinheiro no bolso. E o que nós queremos é pôr mais dinheiro no bolso das pessoas», insistiu. 

   E como é que isso se faz? «Melhorando a competitividade das nossas empresas. É preciso mais empresas e mais empresários, gente que seja capaz de inovar, de investir, de arriscar», referiu, dando o exemplo da Zona Industrial de Arronches como um trilho rumo ao futuro. «O autarca está a criar espaços para incubação de empresas. Para os jovens que queiram iniciar o seu negócio a Câmara facilita. É preciso começar e depois vai-se crescendo até fazer uma média empresa. É disso que nós precisamos. Criar mais riqueza», concluiu.