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2024-06-05

«Hum tapete da tera novo avalliado em dous mil Reis». Eis o património de Arraiolos

 
A frase que puxamos para título recupera o Português - tal como se escrevia no século XVI - em que foi encontrada a menção ao Tapete de Arraiolos. Está descrito no inventário de Catarina Rodrigues, a mulher de João Lourenço, lavrador e morador na herdade do Bolelos. É apenas uma passagem que marca a longa história do Tapete de Arraiolos, que esta quinta-feira volta a sair à rua para animar o concelho até 10 de Junho. A partir das 18.00 horas
 
TEXTO | Roberto Dores
 
   Outros episódios ficaram lá trás, testemunhando a tradição secular que por aqui se faz em forma de arte. Uma outra menção, de 1608, surge no inventário de Juliana Dordio, moradora em Arraiolos, que vendia «hum tapete por acabar avalliado em mil Reis», além de «huns pouquos de novellos de fiado de lam pera tapete de cores avalliados em tressentos Reis»

   A nova edição do «Tapete está na Rua» aponta à «dinamização da economia local», tal como assume a autarquia, que aposta na promoção do artesanato, gastronomia e outros produtos da terra, destacando ainda vários espectáculos e muita animação ao longo dos cinco dias.

 
   A programação integra uma componente de história documentada do tapete, com o objectivo de promover o artesanato genuíno. O ponto alto tem lugar sexta-feira, no cineteatro, com o encontro intitulado «A História e o Património Local: Alicerces do desenvolvimento cultural, social e económico do Alentejo». O início está agendado para as 9.30 horas.

   O programa aposta ainda num cartaz que começa já esta quinta-feira com a actuação do grupo Zanguizarra, seguindo-se Carolina de Deus (sexta-feira), Pedro Abrunhosa (sábado), Rita Rocha (domingo) e Sara Correia (segunda-feira).
 
O que fazem migas entre tapetes?

Eis a proposta que volta a acompanhar o fim-de-semana em Arraiolos. Migas à mesa, com o mais requintado «sotaque alentejano», servidas entre vários pratos tradicionais da restauração arraiolense. E sim, migas em Junho, com os Santos Populares à porta. Vamos?

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